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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

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Paulino Motter e Moa Ferreira - Curta Iguassu: um novo olhar da fronteira, por Paulino Motter e Moa Ferreira

* Paulino Motter e Moa Ferreira
Uma idéia nova não precisa ser necessariamente inédita! Este é o caso do Curta Iguassu, o festival de curtas metragens que acaba de ser realizado em Foz do Iguaçu. Novidade na cidade, o projeto foi inspirado no Fast Forward Portugal, que acontece anualmente em Braga, por sua vez baseado em proposta criada originalmente em Chicago (EUA).

Esta iniciativa teve como ponto alto a realização de uma maratona cinematográfica em 48 horas, com a participação de mais de duas centenas de jovens cineastas do Brasil, Paraguai e Argentina, da qual resultou a produção de 16 curtas. A variedade de abordagens e a qualidade dos filmes receberam o reconhecimento do júri e do público.

Estrategicamente localizada na região trinacional, Foz faz parte de um território que abriga cerca de um milhão de pessoas, somando-se a população que reside nas cidades da faixa de fronteira dos três países e os visitantes que chegam diariamente em grande número, atraídos pelas belezas naturais e roteiros de compras. Este espaço geográfico singular vem produzindo modos de vida, práticas e interações sociais que embaralham as fronteiras nacionais, étnicas e linguísticas.

Esta muticulturalidade é evidenciada pela presença de mais de 70 grupos étnicos, o que faz deste território trinacional um experimento único no mundo. Este riquíssimo caleidoscópio cultural, as suntuosas Cataratas do Iguaçu e a majestática obra de engenharia de Itaipu oferecem um cenário perfeito para produções cinematográficas.  Não é a toa que a cidade vem sendo cada vez mais utilizada como locação para programas televisivos, filmes publicitários, longas, e agora, curtas metragens.

É neste contexto que pensamos o Curta Iguassu como uma forma de estimular produções locais. A criação do curso de Cinema pela UNILA deu o impulso que faltava para Foz deixar de servir apenas como cenário de luxo para produções de fora. O desafio agora é promover o desenvolvimento de um polo audiovisual regional, com um tempero bem latino-americano.

Criar mecanismos inteligentes para a divulgação do “Destino Iguassu”, por meio de uma estética cinematográfica da fronteira, não foi a única nem a principal contribuição deste festival.  Ao tornar possível o encontro de estudantes de cinema e produtores audiovisuais de vários países, o Curta Iguassu ofereceu uma oportunidade valiosa de aprendizado e troca de experiências, por meio de oficinas e de ação prática.

O resultado desse trabalho vai além das análises técnicas sobre a qualidade da fotografia, roteiro, trilha sonora, edição e direção. Ele pode ser aferido pela repercussão dos 16 curtas produzidos pelas equipes que participaram da competição. O sucesso da iniciativa foi confirmado pelo canal do Youtube “Curta Iguassu”, que atingiu 17.000 visualizações nas 48 horas de votação popular. Até o último final da semana, já haviam sido contabilizadas 24.000 visualizações.

As obras ficcionais mostram, pelas lentes da sétima arte, roteiros dignos de sucesso de bilheteria. São histórias de personagens comuns e tão típicos da fronteira que logo despertam a empatia da platéia. Na brevidade de três minutos e meio, os curtas produzidos em apenas 48 horas levaram para as telas, com muita sensibilidade, romances, dramas sociais, aventuras e comédias que retratam o imaginário da fronteira.

Pode-se dizer que, cada acesso representa a busca dos internautas pela representação simbólica da sua cidade e da sua própria identidade, que a cada dia revela-se mais múltipla e rica em sua diversidade.

Que venha o Curta Iguassu 2013, com a promessa de revelar novos talentos!

Paulino Motter, gestor público, e Moa Ferreira, produtor cultural, foram os idealizadores e incentivadores do Curta Iguassu, realizado pelo Instituto Internacional Poloiguassu.

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