Estudantes realizam abraço no Colégio Cataratas nesta quarta (15)
Um abraço une, acolhe e protege. É com este sentido que a comunidade escolar do Colégio Cataratas do Iguaçu irá abraçar simbolicamente a escola, através de uma corrente formada por alunos, professores e a comunidade. A iniciativa acontece nesta quarta-feira (15), a partir das 10 horas, como forma de expressar o desejo de paz e convivência harmônica entre as pessoas.
A mobilização “Eu abraço a paz” é realizada pelos integrantes do projeto Plugado! e faz parte da programação que marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, proposta pela Rede Proteger, Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, Itaipu Binacional, Secretaria Municipal de Assistência Social, Família e Relações com a Comunidade, Conselho Tutela, Casa do Teatro/Projeto Plugado! e Sest/Senat.
O evento de abraço ao Colégio Cataratas do Iguaçu será um ato público de reflexão, denúncia e de enfrentamento à violência sexual infantojuvenil. Durante o dia, também serão apresentadas interferências de teatro e dança, encenadas pelos próprios estudantes da escola, a partir de temas que abrangem os direitos da criança e do adolescente.
“Com estas ações, queremos chamar a sociedade a debater e a comprometer-se com a prevenção e a erradicação da violência sexual e todas as formas de violências contra a infância. Também estamos estimulando a juventude a ser protagonista e posicionar-se à frente das questões que interferem em suas vidas”, afirma Rosangela Rocha, coordenadora do projeto Plugado!.
Durante o ato, também haverá distribuição de materiais informativos para os participantes, que serão convidados para participar da caminhada que acontece na próxima sexta-feira (17) e que irá percorrer a Avenida Brasil, no Centro, para marcar as ações locais alusivas ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Além do Colégio Cataratas do Iguaçu, durante toda a semana, os integrantes do projeto Plugado! promovem atividades culturais e de reflexão nos alguns estabelecimentos de ensino atendidos pelo programa, como os colégios Barão do Rio Branco, Três Fronteiras, Monsenhor Guilherme e Paulo Freire.
“Acreditamos que a arte tem um papel importante para lançar ideias, sensibilizar e conscientizar as pessoas. Por isso, apostamos na união entre a arte e a mobilização para demonstrar o nosso repúdio a todas as formas de violência contra os jovens”, revela Marcus “Harry” Anzoategui, agente cultural do projeto Plugado! e estudante do Colégio Cataratas do Iguaçu.
O Plugado! foi o primeiro projeto brasileiro a receber o Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos, em 2011, na categoria “protagonismo de crianças e adolescentes”. A chancela é conferida anualmente, por iniciativa do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, com o apoio da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República. O prêmio reconhece trabalhos que promovem os direitos de crianças e adolescentes.
HISTÓRIA – O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi criado em 1998, por indicação de 80 entidades públicas e privadas, participantes de um encontro nacional de defesa e proteção à criança. Em 2000, por indicação da Frente Parlamentar pela Criança e Adolescente do Congresso Nacional, a data foi instituída oficialmente e, desde então, acontecem atividades em todo o país, como forma de ampliar o debate e combate à violência sexual.
O dia de 18 de maio remete a um grave crime ocorrido em Espírito Santo, em 1973. Nesta data, integrantes de uma tradicional família capixaba sequestram, seviciaram, estupraram e mataram barbaramente a menina Araceli Cabrera Sanches, de apenas oito anos. Mesmo com repercussão na mídia, a sociedade e a família da criança mantiveram o silêncio, contribuindo para a impunidade dos envolvidos.
Por isso, o chamado “Caso Araceli” foi tomado como símbolo da luta de toda a sociedade contra a violência sexual e pela punição de seus praticantes.
Em Foz do Iguaçu, todos os anos são realizadas campanhas voltadas ao esclarecimento das pessoas sobre este tipo de crime e em favor de ações de proteção e defesa dos direitos das crianças, adolescentes e jovens.
(Assessoria)
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